DO BLOG DA NOÉLIA BRITO
Em delação premiada
perante a Procuradoria Geral da República, o executivo Ricardo Saud, da
JBS, revelou que logo após a morte do ex-governador Eduardo Campos, o então
candidato ao governo do Estado de Pernambuco, Paulo Câmara, acompanhado do já
prefeito do Recife, Geraldo Júlio, teriam-no procurado para pedir o que o
próprio delator chamou, em vídeo divulgado pelo telejornal NETV, da Rede Globo,
de "propina", para ajudar a eleger Paulo Câmara governador. Em seu
depoimento, o delator Ricardo Saud afirma que Geraldo Júlio e Paulo Câmara
teriam feito, inclusive, um apelo sentimental à memória de Campos.
Para corroborar seu
depoimento, Saud menciona a utilização de empresas que teriam sido
utilizadas como intermediárias para que os pagamentos para as campanhas de
Eduardo Campos à presidência, de Paulo Câmara ao governo do Estado e de
Fernando Bezerra Coelho, ao Senado, fossem realizados, chegando a citar valores
e até números de notas fiscais "frias" utilizadas na
"lavagem" do dinheiro repassado às campanhas do dois candidatos.
No Anexo 36, da
delação premiada de Ricardo Saud, há notas e apontamentos feitos de próprio
punho, indicando que do dinheiro repassado pela JBS ao PSB, R$ 11.100.000,00
teriam sido para a Nacional, R$ 2.950.000,00 para a Regional pernambucana, já
que no cabeçalho são indicados apenas os nomes de Paulo Câmara e Fernando
Bezerra Coelho e outros R$ 400 mil para o PPL, Partido da Pátria Livre, de São
Paulo, da cota destinada pela JBS ao pagamento do que os próprios executivos da
JBS chamam de "propina" ao PSB, sendo que desses valores, R$ 3
milhões teriam sido em espécie e R$ 1.210.000,00 em notas fiscais
"frias", totalizando R$ 18.660.000,00.
Segundo Saud, para
operacionalizar os pagamentos as empresas utilizadas teriam sido a HMJ
Consultoria Econômica Ltda., indicada pelo operador de Eduardo Campos em São
Paulo, de nome Henrique Costa, entretanto, quem assina o contrato fictício de
prestação de serviços anexado à delação, como prova, pela JBS, na condição de
representante da HMJ é uma pessoa de nome Mirian Costa.
Outra empresa
apontada como "laranja" nas operações de lavagem é a Arcos
Propaganda, que teria sido utilizada por um intermediário do senador Fernando
Bezerra Coelho, o empresário André Gustavo.
Além das notas,
Ricardo Saud fez anexar à sua delação, contratos de prestação de serviço
que afirma fictícios, notas fiscais e comprovantes de transferências bancárias,
que podem ser conferidos adiante:
MATÉRIA VEICULADA NO NETV COM O VÍDEO DA DELAÇÃO DE
RICARDO SAUD
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